Projetos

Ler e Escrever... no Jardim de Monet.
                                 www.joaninha4dnojardimdemonet.blogspot.com /  www.artenojoaninha.blogspot.com

                             "A arte é a mais bela forma do sonho perguntar à realidade: por que não?" Manoel Affonso de Mello

Este projeto foi elaborado a partir de alguns questionamentos e inquietações. Um deles é o quadro de violência, agressividade, intolerância, falta de sensibilidade e mesmo de humanidade que percebo entre os alunos na escola.

O outro é a falta de informações e conhecimentos, sejam eles artísticas e culturais ou globais, entre outras, que acomete o adolescente, o jovem e o adulto em geral.

Muitos dos alunos têm um histórico de vida muito conturbado e passam por uma série de problemas que, começando em casa, se refletem como uma caixa de ressonância na escola e conseqüentemente na sala de aula.

Sem dúvida alguma, a família exerce grande influência na vida escolar da criança, mas seu poder não é irrestrito, o ambiente familiar é formador, porém não é irreversível. Para Teresa Cristina R. Rego, mesmo as crianças provenientes de lares comprometidos, cujo ambiente é desprovido de adequadas orientações, terão condições de superar as adversidades caso tenham a oportunidade de vivenciar um modelo diferente de educação.

É possível constatar que mesmo em uma estrutura familiar comprometida, os alunos conseguem desenvolver habilidades, tanto ao desenvolvimento escolar quanto o social.

A meu ver a escola ideal busca uma educação transformadora, com vista ao bem comum, sem exceção, desenvolvendo a solidariedade e a criatividade com práticas democráticas e participativas; a educação proposta, em muitos casos, é entendida no seu sentido social, sem ser assistencialista, mas comunitária, que valorize e promova seres humanos críticos, capazes de fazer a leitura do mundo, nele estabelecendo e vivenciando relações, observando, comentando e identificando-se no seu meio, conscientizando-se das suas necessidades e possíveis soluções.

No convívio direto ou indireto com as pessoas e em minha área de atuação, observo com preocupação a superficialidade das idéias e a falta de argumentos com que tudo é tratado nos dias atuais: linguagem, discussão, debate, argumentação, interpretação e análise; lembrando também das dificuldades com relação à leitura, produção de texto e escrita, que, em minha opinião, estão intrinsecamente ligadas às deficiências acima citadas.

Parece-me que um dos fatores que contribuíram para esta defasagem foi e é a falta de um repertório próprio que se perdeu, ao deixarmos para trás uma série de fatores importantes em nossa formação, em prol de outras mais práticas e com retorno imediato, ou seja, a cultura onde o ter se tornou mais importante que o ser.

Houve um tempo em que cultura e conhecimento não dependiam do poder aquisitivo e o fato de se pertencer às camadas econômicas de baixa renda não impedia que crianças lessem clássicos da literatura, conhecessem obras de arte e soubessem distinguir uma música popular de uma erudita. 

Em minha opinião, o resultado da formação cultural de um adulto será melhor, quanto mais ricas e estimulantes forem suas experiências no período de sua formação básica, tanto no plano sensorial quanto no perceptivo, das emoções e, nessa fase, a criança possui uma curiosidade nata, daí a necessidade do estímulo.

Um trabalho desenvolvido por meio da arte que se inicie nos primeiros anos escolares, poderá ser de grande estímulo, pois, além de alfabetizar o aluno em arte e torná-lo capaz de uma apreciação estética, ainda o auxiliará a “ler o mundo” e a despertar sua sensibilidade.

Portanto, a proposta deste trabalho é, por meio da arte, criar culturas de resistência tanto para resgatar a sensibilidade e o humano que está se perdendo, quanto e ao mesmo tempo subsidiar os alunos no sentido de dar-lhes resistência para amenizar um pouco a realidade do seu cotidiano.

Educar por meio da arte possibilita às crianças o desenvolvimento de competências para perceberem que existem outras linguagens, olhares, realidades, etc., fazendo contraponto ao que elas são expostas diariamente; resgata seu interesse, curiosidade, vontade de saber sobre outros assuntos que não os do seu cotidiano; re-aprende a interpretar, questionar, debater e a perguntar: por quê?

As crianças são filósofas por natureza, por isso precisam ser estimuladas. É o educar para emancipar.

Nesse contexto o desenvolvimento do conhecimento está diretamente ligado ao da criatividade; a de estimular os alunos a aprenderem conteúdos procedimentais por meio de atividades de mediação com a leitura da obra de arte: pintura, desenho, arquitetura, instalações, fotografia, cinema, música, literatura, teatro, dança, canto, entre outras e usá-las como instrumento para as mais diferentes reflexões; auxiliando-os a “ler o mundo” através de um processo sistemático de análise e discussão no âmbito estético, artístico, filosófico e cultural e situando-os no tempo e no espaço.

 A arte está inserida em todas as disciplinas e dessa forma ela é texto e pretexto para ampliar e aprofundar qualquer conteúdo.

Desse modo, um trabalho envolvendo o diálogo entre arte e as outras disciplinas, possibilita aos alunos aprenderem sobre as várias linguagens artísticas e ao mesmo tempo interagirem com o mundo, partindo do pressuposto que a arte desenvolve o raciocínio, a expressão verbal e escrita, estimula a imaginação, a intuição, levando-os à outra maneira de pensar, sentir, aprender e agir e o mais importante: sensibilizarem-se.

            Ana Mae Barbosa coloca que:                                     

A arte desenvolve a cognição, a capacidade de aprender. A arte leva os indivíduos a comparar coisas, a passar do estado das idéias para o estado da comunicação, a formular conceitos e a descobrir como se comunicam esses conceitos. Todo esse processo faz com que o aluno seja capaz de ler e analisar o mundo em que vive, e dar respostas mais inventivas. 

             Anamelia Bueno Buoro completa:

A arte possibilita ao aluno o desenvolvimento de habilidades narrativas, descritivas, analíticas e interpretativas, as quais podem, no mínimo, contribuir muitíssimo para enriquecer conteúdos de Língua Portuguesa, História, Geografia, Filosofia... Isso sem falar nas interfaces com a Matemática, a Informática e a Geometria. Um currículo que interligasse o fazer artístico, a história da arte e a análise da obra de arte estariam se organizando de maneira que a criança, suas necessidades, seus interesses e seu desenvolvimento estariam sendo respeitados e, ao mesmo tempo, estaria sendo respeitada a matéria a ser aprendida, seus valores, sua estrutura e sua contribuição específica para a cultura.

Teremos assim equilíbrio entre as duas teorias curriculares dominantes: a que centra na criança os conteúdos e a que considera as disciplinas autônomas com uma integridade intelectual a ser preservada.

Daí a arte, ou seja, “... não se trata de ensinar arte, mas sim de educar por meio da arte...”

Por esse motivo, e partindo das dificuldades observadas em sala de aula, desenvolvi esse projeto interdisciplinar, que tem a arte como fio condutor, permeando e interligando as disciplinas. Minha intenção é que ele seja uma contribuição tanto para ampliar o universo do conhecimento das crianças, quanto e paralelamente favorecer e contribuir para sua inclusão cultural e social. Isto se dará por meio do conhecimento–saber; da habilidade–poder e da atitude–querer.

Objetivo geral:

Levar os alunos a compreenderem e a perceberem a natureza holística do conhecimento.

Objetivos específicos:

• Compreender como a arte pode ajudar na percepção das constantes transformações da natureza.

• Desenvolver habilidades que permitam o estabelecimento e a manifestação de competências.

• Promover a inclusão cultural, social e uma alfabetização em arte.

• Introduzir a criança no mundo das artes e torná-la capaz de uma apreciação estética.

• Contribuir para a formação da criança e despertar o seu olhar para as obras de arte.

• Conhecer obras de artistas de várias tendências e movimentos.

• Exercitar um olhar crítico e sensível sobre a criação artística.

• Introduzir a criança no universo dos museus, teatros, exposições, mostras, etc..

• Ampliar o conhecimento da arte juntamente com a literatura, a música, o cinema, a dança e outras manifestações artísticas e tecendo relações interdisciplinares com: português, matemática, história, geografia, ciências, informática e educação física.

• Levar o aluno a compreender as mensagens visuais vivenciadas no seu cotidiano para que possa diferenciar os vários tipos de imagens que se lhe apresentam no dia a dia.

• Despertar a sensibilidade, o desenvolvimento da criatividade, do pensamento e do senso crítico.

• Estimular e desenvolver a leitura, a interpretação e a imaginação.

• Colocar as crianças em interação com diversas produções culturais, a fim de propiciar situações de aprendizagem que sejam significativas e transformadoras.

• Estabelecer relações entre o saber, o aprender, o fazer e o conviver.

• Incentivar o gosto pelo belo e pela arte.

• Desenvolver o gosto pelo debate e pela discussão.

• Desenvolver a oralidade através de conversas informais sobre os assuntos em foco.

• Refletir sobre a intolerância e o preconceito.

• Despertar para a necessidade de conscientização sobre a igualdade de raças.

• Refletir sobre as diferenças entre as pessoas, identificando-as como características peculiares do grupo étnico a que pertence.

• Compreender a realidade sócio-histórica e cultural na qual os povos estão inseridos.

• Estabelecer um ambiente de relações de respeito, solidariedade e amizade.

• Desenvolver o caráter por meio da consolidação da identidade e da autoestima.

• Promover e dar espaço para o desenvolvimento da autonomia, cooperação e socialização dos alunos.

• Compreender algumas diferenças e semelhanças culturais, sociais e naturais em diferentes regiões do país e do mundo.

• Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio ambiente, evitando o desperdício e percebendo os cuidados necessários na preservação e na conservação da natureza.

• Criar condições para que o aluno possa, a partir de sua localidade e do cotidiano do lugar, construir sua idéia do mundo valorizando, inclusive, o imaginário que tem dele.

• Despertar no aluno, por meio da visão dos problemas ecológicos que afetam nosso planeta, desejos de mudanças de atitudes.

• Estabelecer a historicidade e as relações dos homens entre si e com a natureza.

• Compreender a sociedade e a natureza como um todo integrado e em constante transformação.

• Estimular o conhecimento e a reflexão sobre a diversidade cultural, tema importante para o convívio e para o processo de formação da cidadania.

• Levar o aluno a refletir e a questionar sobre alguns princípios éticos; sobre a preservação do meio ambiente e sobre outros temas relevantes no contexto atual.

TEXTO GERADOR: LIVRO Linéia no Jardim de Monet- Lena Anderson e Christina Bjork. Ed. Salamandra. RJ. 1992.

Recursos:

Textos:

• Origens da Pintura

• Luz, Cor e Forma: Pintura

• Cores Primárias e Secundárias

• Cores Frias e Cores Quentes

• Mania de Letrinhas

• Tipos de Texto

• A fabricação de um livro

• Matemática das Cavernas

• Matemática em toda parte

• A Descoberta do Zero

• O Tempo não Pára: com as horas contadas

• Sistema de Numeração Decimal

• Liga – Desliga

• Brasil 500 anos depois:

               *Questão indígena

               *500 anos de mudanças

• O Povo Brasileiro:

             *Uma rica colônia

             *Surge o povo brasileiro

• Eu, uma criança no mundo.

• Verde que te quero verde:

              *Ué, cadê o verde?

              *A Floresta Amazônica

              *A Mata Atlântica: Juréia

              *Pantanal

• Projeto Tamar

• Pedacinhos do Brasil

• Brasília

• As fatias da Terra

• Os quarteirões da Terra

• A ciência que caiu do céu

• Ai, que calor! Ui, que frio!

• As estações do ano

• Planeta Terra ou planeta Água?

             *De onde vem a energia?

             *Enchente

• Planeta em perigo: Poluição:

             *O homem é o grande vilão

          *Difícil é respirar!

          *Água: sujeira a vista

          *Agrotóxicos e lixão

•Reciclagem: Grande idéia!

          *O lixo dura uma eternidade!

          *Para onde vai o lixo?

          *O velho vira novo

          *O que eu posso reciclar?

          *Papel no salão de beleza.

          *Plástico para que te quero!

          *Acerte na lata!

         *Vidro também pode

• Reciclagem também é economia

• Você conhece os 3 Rs?

Livros:

§ Linéia no Jardim de Monet- Lena Anderson e Christina Bjork. Ed. Salamandra. RJ. 1992.

§ O herói Dom Quixote- resumo e adaptação de Rosângela Trajano. Natal. 2012.

§ Circo- Roseana Murray. Ed. Miguilim. Belo Horizonte. 1986.

§ Na minha escola todo mundo é igual- Rossana Ramos. Cortez Editora. São Paulo. 2004.

§ Lilás- Mary E. Whitcomb. Cosac & Naify. São Paulo. 2004.

§ São Paulo: de colina a cidade- Amir Piedade. Cortez Editora. 2004.

§ Quando as cores foram proibidas- Monika Feth e A. Boratynski. Brinque- Book S.P. 2004.

§ A Descoberta- Jonas Ribeiro- Cortez Editora. São Paulo. 2005.

§ Almanaque dos sentidos- Carla Caruso- Ed. Moderna. São Paulo. 2009.

§ O Céu- Guias de Campo- Escala Educacional. São Paulo. 2007.

§ Por que minhoca não tem perna?- Jenny Vaughan. Melhoramentos. São Paulo. 2005.

§ A Semente- Eduardo Albini. Autêntica. Belo Horizonte. 2010.

§ Do campo à mesa- Teddy Chu. Ed. Moderna. São Paulo. 2010.

§ Planeta Terra: nossa casa!- Leonardo Mendes Cardoso. Ed. Do Brasil. São Paulo. 2011.

§ Lixo- Lucília Garcez e Cristina Garcez. Callis Editora. São Paulo. 2010.

§ Armando e o Tempo- Mônica Guttmann. Paulus. São Paulo. 2004.

§ Em busca dos números perdidos- Michael Thomson. Melhoramentos. São Paulo. 2002.

§ O mistério dos números perdidos- Michael Thomson. Melhoramentos. São Paulo. 2002.

§ Bom dia todas as cores- Ruth Rocha. Quinteto Editorial. São Paulo. 1998.

§ A incrível história da orquestra- Bruce Koscielniak. Cosac & Naify. São Paulo. 2002.

§ As gotinhas e o arco-íris- Eunice Braido. FTD. São Paulo. 1994.

§ O ciclo da água- Neide S. Mattos. FTD. São Paulo. 1999.

§ A poluição atmosférica- Neide S. Mattos. FTD. São Paulo. 1997.

§ As tranças de Bintou- Sylviane A. Diouf. Cosac & Naify. São Paulo. 2004.

§ Entre o rio e as nuvens- Kátia Canton. DCL. São Paulo. 1997.

§ Sumaúma, mãe das Árvores- Lynne Cherry. FTD. São Paulo. 1990.

§ Liga-Desliga- Camila Franco, Jarbas Agnelli e Marcelo Pires. Companhia das Letrinhas. São Paulo. 2004.

§ Winnie, a Feiticeira- Korky Paul e Valerie Thomas. Martins Fontes. São Paulo. 2000.
§ Orquestra tintim por tintim- Liane Kentschke, Susana E. Kruger, Luciana Del Ben e Elisa da Silva e Cunha. Ed. Moderna. São Paulo. 2005.

§ O Limpador de placas- Monika Feth, Antoni Boratynski. Brinque-Book. São Paulo. 1997.

§ O Violinista- Colin Thompson. Brinque Book. São Paulo. 2004.

§ Como as Histórias se espalharam pelo mundo- Rogério A. Barbosa. DCL. São Paulo. 2002.

§ Pequeno Azul e Pequeno Amarelo- Leo Lionni. Berlendis&Vertecchia Ed. São Paulo. 2005.

§ Contos de Fada Clássicos- Recontados- Helen Cresswell. Martins Fontes. São Paulo. 1996.

§ Ninguém é igual a Ninguém- Regina Otero- Regina Rennó. Ed. Do Brasil. São Paulo. 1994. 

§ Frida- Jonah Winter. Cosac & Naify. São Paulo. 2004.

§ Amadeus- Alberto Goldin. Berlendis & Vertecchia Editores Ltda.São Paulo. 1998.

§ A História das Cores- Subcomandante Marcos. Conrad Livros. São Paulo. 2003.

§ A Borboleta Azul- Nicolas Van Pallandt. Brinque Book. São Paulo. 2007.

§ O Pequeno Príncipe- Antoine de Saint-Exupéry. Ed. Agir. São Paulo. 1987.

§ Romeu e Julieta- Ruth Rocha. Ed. Ática. São Paulo. 2007.

§ Romeu e Julieta- William Shakespeare. Ed. Scipione. São Paulo. 2000.

§ As Fabulosas Histórias de Merlim e do Rei Artur- Giles Massardier e Benjamin Bachelier. Cia Ed. Nacional. São Paulo. 2006.

§ Colorina A Árvore da Vida- Nye Ribeiro. Roda&Cia Ed. Valinhos. 2006.

§ Eu protejo a Natureza- Jean-René Gombert e Joëlle Dreidemy. Girafinha. São Paulo. 2006.

§ Carta da Terra para Crianças- NAIA (Núcleo de Amigos da Infância e da Adolescência). Porto Alegre. 2003.

§ Amazonas- Águas, Pássaros, Seres e Milagres. Thiago de Mello. Salamandra. São Paulo. 1998.

§ Menino do Rio Doce- Ziraldo. Companhia das Letrinhas. São Paulo. 1996.

§ Candinho e o Projeto Guerra e Paz- Sávia Dumont. Companhia das Letrinhas. São Paulo. 2012.

§ Deus- Bia Bedran. Ed. Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 2006.

§ Brincando de Filosofar- Rosângela Trajano. Lucgraf. Natal. 2012.
§ Sete pintos pintados- vols. IV e V- Rosângela Trajano. Lucgraf. Natal. 2013.

§ Biblioteca???- Uma biblioteca pode fazer milagres!- Lorenz Schärer. Brinque-Book. 2012.

§ Uma história diferente contada de trás pra frente- Ana Maria de Andrade. Imperial Novo Milênio. Rio de Janeiro. 2008.

§Guia EcoKids- Animais brasileiros ameaçados de extinção. Marli Mitsunaga. Caramelo Livros Educativos. São Paulo. 2004.

§ Manual Ecokids- Marli Mitsunaga. Caramelo Livros Educativos. São Paulo. 2003.

§ Os pingos e as sementes- Mary França e Eliardo França. Global Editora.São Paulo. 2012.

§ Natureza e População- Brigitte Labbé e Michel Puech. Ed. Scipione. São Paulo. 2006.

§ Mini Larousse da Reciclagem- Naiara Raggiotti. Larousse Junior. São Paulo. 2006.

§ A Água do Planeta Azul- Fernando Carraro. FTD. São Paulo. 1998.

§ Coleção Brasileirinhos 1, 2, 3 e 4.- Lalau e Laurabeatriz. Cosac&Naify. São Paulo. 2004.

§ Povos do Mundo- Philip Steele. Ed. Impala. São Paulo. 2006.

§ A incrível fuga da cebola- Sara Fanelli. Editora Ática. São Paulo. 2012.

§ Nascemos Livres- Anistia Internacional. Ed. S/M. São Paulo. 2008.

§ A Declaração Universal dos Direitos Humanos em Imagens- Bartolomeu C. Queiroz. 2008

§ Os Cinco Sentidos- Bartolomeu Campos de Queiroz. Global Ed. São Paulo. 2009.

§ Crianças como Você- Anabele B. Rindersley. Unicef./Ed. Ática. São Paulo. 2009.

§ Aquecimento Global não Rima com Legal- César Obeid. Ed. Moderna. São Paulo. 2008.

§ Filosofia para Jovens- Jeremy Weate e Maria Luiza S. Teles. Ed. Vozes. São Paulo. 2002.

§ Meu nome é Mozart- Salomó Xavier e Martí Meritxell. Publifolha. São Paulo. 2012.

§ Meu nome é Vincent Van Gogh- Rebeca Luciani e Martin Carme. Publifolha. São Paulo. 2012.

§ Coleção Folha Música Clássica para Crianças: Mozart, Bach e Beethoven. Publifolha. São Paulo. 2013.

 Imagens (CDs):

• Carta ao inquilino

• Floresta Amazônica.

• Mata Atlântica.

• Pantanal.

• Reproduções de obras de arte (vários artistas).

CDs:

Palavra Cantada: Histórias e músicas: Ruth Rocha.

Palavra Cantada: Canções do Brasil cantado por suas crianças. Sandra Peres e Paulo Tatit.

Musicalizando a escola.

Brasileirinhos: música para os bichos do Brasil.

Coletâneas de músicas clássicas e eruditas.

Bach, Mozart, Beethoven, Villa Lobos, Carlos Gomes.

As Quatro Estações – Vivaldi.

Carmina Burana – Carl Orff.

Beethoven Symphonie nº.9, 7 e 5 – Karajan.

Even in the quietest moments – Supertramp

Palhaço – Egberto Gismonti

Coletâneas de músicas de MPB.

Adriana Partimpim I e II – Adriana Calcanhotto.

O trenzinho do caipira – Edu Lobo/Villa Lobos.

O grande circo místico – Vários cantores da MPB.

Primavera – Tim Maia.

Águas de março – Elis Regina e Tom Jobim.

Garota de Ipanema – Tom Jobim/João Gilberto.

Planeta água – Guilherme Arantes.

Sobradinho – Sá e Guarabira.

Harmonia – Sá e Guarabira.

A Banda – Chico Buarque.

Soy loco por ti América – Caetano Veloso.

Alegria alegria – Caetano Veloso.

Aquele abraço – Gilberto Gil.

Ponta de areia – Boca Livre.

O Pato – João Gilberto/Evinha e Trio Esperança.

Vira Virou – Kleiton e Kledir.

Vídeos/DVDs:

• Adriana Partimpim- O show.

• A Guerra do Arco-Íris

• Linéia no Jardim de Monet

• As Aventuras de Azur e Asmar

• O Pequeno Príncipe

• Microcosmos

• O desafio do lixo

• Migração Alada

• Kirikú e a Feiticeira

• Príncipes e Princesas.

• Nenhum a menos

• Filhos do paraíso

• 2001 Uma odisséia no espaço

• Balé: Bolero de Ravel

• Cirque du Soleil – Saltimbanco, Alegria e Quidam.

• A velha a fiar

• O balão branco

• Camelos também choram

• O pequeno Nicolau

• A guerra dos botões

• Brasil animado

• A marcha dos pingüins

• A cor do paraíso

• O castelo animado

• Coraline

• As aventuras de Azur e Asmar

• A Bela Adormecida

• Os irmãos Grimm

• A viagem de Chihiro

• A fúria de titãs

• Percy Jackson e o ladrão de raios

• André Rieu em Viena

• Retratos da Vida

• Sonhos

• O corcunda de Notre Dame.

• Ilha das Flores

•Noções e conceitos de energia: em casa, no trabalho e no mundo

• Narradores de Javé

• Antes que o Mundo Acabe

• Vista a minha pele

• Conquista do Espaço

• O dia depois de amanhã

• Wall-E

• Pantanal & Amazônia

• Koyaanisqatsi – Powaqqatsi - Naqoyqatsi

• Home – Nosso Planeta, Nossa Casa

• Terra

Reproduções

*Reproduções de obras de arte dos principais artistas plásticos do Brasil e do mundo

.

Atividades Práticas

-*Pinturas com tinta guache, lápis de cor, canetinhas e giz de cera entre outros.

-*Oficinas: Pipa, boneca, bordado, argila, carvão, origami, entre outros.

-*Painéis/Instalações/Intervenções.

-*Audições musicais.

-*Coral/Apresentação de canto.

-*Experiências e pesquisas.

-*Laboratório.

-*Pic-nic.

-*Visitas a museus, centros e mostras culturais, sala São Paulo, Estação Ciência, entre outros.

-*Trabalho de campo:

        *estudo do meio; *caminhada no entorno da escola;

        *atividades de jardinagem.

-*Seminário e oficina: SOS – O Planeta pede Socorro.

-*Oficinas de produções de textos: literários, poéticos, narrativos, descritivos, dissertativos, jornalísticos, científicos, mangás e HQs.

-*Exposição de Trabalhos.

-*Criação de um livro.

-*Hora da Brincadeira/Jogos.

-*Hora da história.

-*Práticas corporais/Linguagem do Corpo/Performances de dança, ginástica, mímica.

-*Jogos teatrais.

-*Sessões de cinema.

-*Saudação à primavera/Baile da Primavera .

-*Pinturas utilizando o Paint Brush. Jogos on-line e brincadeiras interativas envolvendo temas do projeto (Informática).

Estratégia:

Aulas dialogadas, práticas e expositivas.

Trabalhos em grupo e individual.

Leitura de textos, livros (data show), jornais, HQ, letras de músicas.

Escrita, reescrita e produção de textos diversos.

Leitura do globo e mapas.

Reproduções de obras de arte/oficinas de pintura.

Jogos, desafios e gincanas, soletrando.

Fórum de discussões e debates. (roda de compartilhada)

Performances: dança, teatro, poesias e canto.

Leitura, interpretação e releitura de obras de arte.

Duração:

De Março a Novembro.

Público Alvo:

Ciclo I

Avaliação:

A avaliação será entendida como um processo multidimensional. Ela será constante e contínua englobando vários fatores: acompanhamento e participação dos alunos em sala de aula, produções realizadas em classe e extraclasse, bem como exercícios escritos, entendidos como um momento da avaliação; uma forma a mais de perceber o que foi apreendido.

Apontamentos Interdisciplinares:

Português: Leitura, interpretação, estudo e produção de textos.

Gramática, ortografia e pontuação (serão trabalhadas dentro do contexto dos textos).

Leitura, interpretação, discussão e debate das diferentes linguagens artísticas e fílmicas.

Literatura: Hora da estória/história (leitura e debate dos livros do projeto)

Matemática: Números naturais

                     Sistema de numeração decimal.

                     Leitura e escrita de números e frações.

                     Adição, multiplicação, subtração e divisão.

                     Interpretação e resolução de problemas.

                     Análise e construção de gráficos e tabelas.

                     Formas geométricas.

                     Frações.

História: Identidade.

               O tempo na História.

               Grandes navegações.

               Brasil colônia.

               Brasil: 500 anos depois:

                       *Questão indígena.

                       *500 anos de mudanças.

               O Povo Brasileiro.

               A história de São Paulo.

Geografia: Planeta Terra/Planeta água: Continentes e oceanos.

                  Espaço Geográfico.

                  Aspectos humanos, físicos, econômicos, políticos e sociais.

                  Relevo

                  Vegetação: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Pantanal.

                  Localização.

                  Meios de comunicação.

                  América.

                  Regiões brasileiras.

                  Divisão política do Brasil.

                  Coordenadas Geográficas.

                  As estações do ano.

                  A cidade de São Paulo: quarteirão, bairro, rua, praça, avenida.

                  Diversidade humana e cultural.

Ciências: Sistema Solar

                Meio ambiente: terra, água, ar, seres vivos.

                Fenômenos da natureza.

                Energia elétrica, solar e eólica.

                Poluição, coleta seletiva do lixo e reciclagem.

                Aquecimento global.

                O corpo humano.

                Alimentação e saúde.

Artes: Origens da pintura.

           O fazer do artista.

           Cores primárias e secundárias e terciárias.

           Cores quentes e frias.

           Escolas, movimentos e tendências.

Informática: Memorização, pesquisa e criação livre (Paint Brush).

Educação Física: Práticas corporais envolvendo temas do projeto.

Esses são alguns dos conteúdos que podem ser trabalhados, outros deverão ser inseridos devido ao caráter dialético do projeto, o que vai depender do planejamento da série trabalhada.

Subprojetos/Subtemas (podem ser desenvolvidos separados do projeto).

• Eu, uma criança no mundo.

• Tempo, Espaço e Natureza nas trilhas da MPB.

• Bach sensibiliza, Mozart liberta e Beethoven salva.

• O planeta do Pequeno Príncipe.

• Fadas Contemporâneas.

• O limpador de placas.

• A pipa do Menino Maluquinho.

• E o circo chegou!

• SOS, o Planeta pede socorro.

• Matemática e arte em toda parte.
• Escrever e criar ... É só começar!

• Fazendo Arte.

• Arte em cena: Romeu e Julieta.

• A Casa, a Rua e o Bairro.

• São Paulo: de colina à cidade/no tempo e no espaço.

• Mapeando o Joaninha (escola de referência).

• Carta da Terra: idéias para um mundo melhor.

• Vida verde: nossa escola é um jardim.

• Hoje é dia de feira.

• Filosofiar: a arte de aprender a pensar.

Os temas poderão ser trabalhados independentemente do projeto principal ficando, a escolha, ao critério do professor.

OBS: Os recursos usados nesse projeto estão intrinsecamente ligados ao conteúdo, dando-lhe sentido para melhor compreensão e interpretação da realidade. Serão utilizados de acordo com a classe e o ano onde o mesmo for desenvolvido, ficando ao critério do professor a escolha do material.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABDOUNUR, Oscar João. Matemática e música. São Paulo: Escrituras, 1999.

ANTUNES, Arnaldo. 40 Escritos. São Paulo: Iluminuras, 2000.

BANDEIRA, João. Palavras no espaço. In Concreta56. São Paulo, MAM-SP, 2006.

BARBOSA, Ana Mae. (org.). Arte – Educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1997.

_________________ A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva/ Porto Alegre: Fundação Iochpe, 1991.

_________________ Arte-educação agora. In: revista e- nº 129, SESC São Paulo: fevereiro, 2008.

BOGÉA, Inês. O livro da dança. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2005.

BUORO, Anamelia Bueno. O olhar em construção: uma experiência de ensino e aprenizagem da arte na escola. São Paulo: Cortez, 2003.

__________________ Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

__________________ KOK, Beth e ATIHÉ, Eliana Aloia. O leitor de imagens. São Paulo: Cia Editora Nacional, 2008.

CANTON, Katia. Espelho de artista. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

DELORS, Jacques (org.). Educação: um tesouro a descobrir. Brasília: MEC-Unesco, 1998.

ECA, Estatuto da criança e do adolescente. São Paulo: Imprensa Oficial, 2000.

FALCÃO, Antoni R.; BRUZZO, Cristina (orgs.). Lições com cinema. São Paulo: FDE, 1993. 

FARIA, Maria Alice. Como usar a literatura infantil na sala de aula. São Paulo: Ed. Contexto, 2008.

FERRAZ, Maria Heloísa C T.; Maria F. R. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez, 1992.

FERREIRA, Jorge; SOARES, Mariza Carvalho. A História vai ao cinema. Rio de Janeiro: Record, 2001.

FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula. São Paulo: Ed. Contexto, 2002.

FERREIRO, Emília. Cultura escrita e educação. Porto Alegre, Artmed, 2001.

FERRETTI, João. O filme como elemento de socialização na escola. In: Lições com cinema. São Paulo: FDE, 1995.

FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan S.A. 1987.

IAVELBERG, Rosa. O desenho cultivado da criança: prática e formação de educadores. Porto Alegre: Ed. Zouk, 2006.

________________ Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores. Porto Alegre: Artmed, 2003.

JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música, série Pensamento e Ação no Magistério. São Paulo: Scipione, 1990.

JUNIOR, Moayr Carlos. Pra pensar e cantar. São Paulo: Paulus, 2003.

KHAN, Salman. Um mundo, uma escola. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012.

KOUDELA, Ingrid D. Texto e jogo. São Paulo: Perspectiva, 1987.

LOUREIRO, Alícia M. A. O ensino da música na escola fundamental. Campinas, Papirus, 2003.

MANGUEL, Alberto; GUADALUPI, Gianni. Dicionário de lugares imaginários. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1992.

MENUHIN, Yehudi; DAVIS, Curtis W. A música do homem. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

MIYASATO, K. O papel da literatura infantil no processo de alfabetização. Dissertação de mestrado. 1996.

MOCELLIN, Renato. O cinema e o ensino de História. Curitiba: Nova Didática, 2002.

MUSEU LASAR SEGALL. Material didático. São Paulo: FDE, 2005.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: ED. Contexto, 2003.

NARRATIVAS. Práticas e reflexões com educadores. São Paulo: CCBB Educativo, 2009.

NEVES, Libéria Rodrigues; SANTIAGO, Ana Lydia B..O uso dos jogos teatrais na educação. Campinas: Papirus Editora, 2010.                                                              

PARÂMETROS Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (1º e 2º ciclos), MEC/SEF, 1998.

PEREIRA, Katia Helena. Como usar artes visuais na sala de aula. São Paulo: Ed. Contexto, 2007.

PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar. Porto Alegre: Mediação, 1999.

VIEIRA, Denyse. O vídeo e a Proposta Triangular no ensino da arte. Porto Alegre: UFRGS: Fundação Iochpe, 1992.

QUINTANA, Mário. Nova Geografia poética. Rio de Janeiro: Globo, 1998.

ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam. Porto Alegre: Mediação, 2003.

SALLES, Pedro Paulo. A reinvenção da música pela criança: implicações pedagógicas da criação musical. Tese de doutorado. São Paulo: FEUSP, 2002.

SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP. 1986.

SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais na sala de aula. São Paulo: Perspectiva, 2007.

TATIT, Ana; MACHADO, Maria Sílvia M. 300 propostas de artes visuais. São Paulo: Edições Loyola, 2006.

TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para jovens. Petrópolis: Editora Vozes, 2009.

ZILBERMAN, R. A leitura e o ensino da literatura. São Paulo: Ed. Contexto, 1988.

ZUBEN, Paulo. Ouvir o som. São Paulo: FAPESP, 2005.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       

DVDs

 Coleção Arte & Matemática. Cultura marca:

   Dvd 1- Do zero ao infinito; Arte e números; O artista e o Matemático.

   Dvd 2- A ordem e o caos; Simetria; O número de ouro.

   Dvd 3- A música das esferas; A matemática da música; Tempo e infinito.

   Dvd 4 - Forma dentro da forma; Forma que se transforma; Caos; O belo.

Os Impressionistas I e II

A Arte de Van Gogh

Os Mistérios de Picasso

Leonardo da Vinci I e II

Musicalizando a Escola: Vivências e práticas musicais para Ensino fundamental.

Website

www.canalkids.com.br

www.ecokids.com.br

www.ambientebrasil.com.br

www.vikipedia.org

www.rosangelatrajano.com.br/index.html

                                                

            Maria Auxiliadora Espeschit

                                                                                                             Revisado Março de 2013.

PROJETO: FILOSOFIAR: a arte de aprender a pensar

Filosofia é observar uma flor, observar uma pedra, observar uma estrela no céu e perguntar-se: Quem sou eu? De onde surgiu este universo? Filosofar é, então, uma atitude espontânea. - Isabel F. Furini.

INTRODUÇÃO

        A presença da Filosofia na escola gera, tanto no professor quanto nos alunos, reais mudanças de comportamento que contribuem para a elevação da autoestima e até perda de ações agressivas, levando a comunidade escolar a refletir sobre o respeito à individualidade dos outros. Assim, quando a filosofia é ensinada por meio do diálogo investigativo a tendência é que as crianças tornem-se mais críticas, criativas e sensíveis ao contexto em que vivem.

           A filosofia para crianças serve também para prepará-los e educá-los para o exercício da cidadania, na qual se reforça a importância de se respeitar o outro, respeitar regras, previamente estabelecidas, necessárias para a vida em comunidade, principalmente se levarmos em consideração os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver, na busca do fortalecimento dos valores que permeiam as relações interpessoais.

        Dessa forma, é bom afirmar que a escola não é apenas mero edifício, no qual existe apenas espaço físico, material, humano, mas também um ambiente de convívio, esporte, cultura, troca de experiências e, até mesmo, experimentação. Para tanto, é fundamental que se comece a pensar em dinâmicas apropriadas e em boas relações sociais, pois assim, as crianças também terão mais oportunidade para fazer julgamentos inteligentes, escolhas coerentes às suas necessidades e construção de novos conceitos e significados.

          Se desejarmos mudanças que tornem as sociedades mais humanas, temos que aprender a questionar o mundo, os valores da nossa sociedade. A filosofia é um caminho para compreender e questionar.
           Para Francisco Renaldo da Costa, “as crianças são filósofas por natureza. Com elas aprendemos que perguntar é importante, a capacidade de duvidar… admirar-se e espantar-se com o mundo que nos cerca são elementos fundamentais para entrarmos no mundo da filosofia, diga-se, pensamento crítico!

            De acordo com Ann Sharp no seu livro "Nova Educação - A comunidade de investigação na sala de aula”:

ensinar Filosofia para as crianças leva a uma educação voltada para a convivência democrática, para a criação de atitudes sociais de respeito aos semelhantes, considerando pontos de vista diferentes, a ponto de modificarem seus próprios conceitos a respeito de temas significativos e de permitirem conscientemente que suas próprias idéias sejam enriquecidas através das interações com seus pares.    

            Segundo o Professor norte-americano Dr. Matthew Lipman:

é através de procedimentos dialógicos que, se motiva o aprendizado de um pensar ponderado, inventivo, de uma maneira contextualizada e, também se elabora a construção do aprendizado da cidadania, através de uma convivência saudável, respeitando as idéias divergentes e a variedade cultural, onde as salas de aula são transformadas em pequenas comunidades de investigação.   A curiosidade da criança busca o questionamento, possui a ânsia de compreender os significados e as utilidades da experiência e do mundo, e faz da descoberta da linguagem um elemento para capturar as pontes entre ela e o outro através da interação social.

JUSTIFICATIVA

Vivemos um momento gravíssimo em nossa escola onde a violência, a agressividade, a intolerância, a indisciplina, o desrespeito, a falta de sensibilidade e mesmo de humanidade percebida entre os alunos na escola impede a nós professores, exercermos um trabalho de qualidade que, ao mesmo tempo, resgate a nossa escola.

Para que mudanças ocorram os projetos desenvolvidos serão de curto, médio e longo prazo objetivando incutir valores que levem ao pensar e refletir e conseqüentemente mudança de atitudes.  

Investir no pensar melhor, desde criança, como propõe Lipman, pode ajudar a desencadear um processo educativo de qualidade, o que se refletirá mais tarde. Além do mais propiciará aos alunos envolvidos uma vivência mais rica da realidade da nossa escola.

Daí o Filosofiar – educar para emancipar – tendo em mente que a filosofia educa o intelecto e a emoção.

O Filosofiar veio para ampliar e complementar as atividades desenvolvidas no projeto A “arte” de conhecer e aprender no atelier de Tarsila e Monet, com os alunos do Ensino Fundamental I.

OBJETIVOS GERAIS:

-Levar os alunos a compreenderem e a perceberem a natureza holística do conhecimento.

-Levar a filosofia às crianças, levar as crianças a "filosofar";

-Ampliar o desenvolvimento das habilidades cognitivas mediante discussões de assuntos filosóficos;

-Desenvolver as habilidades cognitivas dentro de um contexto significativo, por meio do diálogo;

-Colaborar na formação de cidadãos competentes em solucionar problemas e encontrar saídas criativas e éticas, nos diversos contextos em que vivem;

-Levar o aluno a refletir e a questionar sobre alguns princípios éticos; sobre a preservação do meio ambiente e sobre outros temas relevantes no contexto atual;

-Desenvolver nas crianças um pensar mais interrogativo, reflexivo e investigativo, o pensar bem, usando a literatura infantil como contexto significativo;

-Introduzir a criança no mundo das artes e torná-la capaz de uma apreciação estética.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Estimular os alunos a:
Ø  Participar em grupos;
Ø  Dialogar/Debater;
Ø  Entender a responsabilidade de pertencer a um grupo;
Ø  Aumentar a autoestima;
Ø  Aprender a ser tolerante com as idéias dos outros;
Ø  Alargar a visão do mundo e a capacidade de questionar e de investigar o mundo;
Ø  Refletir sobre valores morais e éticos;
Ø  Despertar para a apreciação da arte e da beleza da vida;
Ø  Observar, questionar, repensar o mundo;
Ø  Utilizar a literatura infantil como instrumento para estimular a investigação filosófica;
Ø  Demonstrar, por meio de contextos literários, a capacidade da criança de fazer perguntas filosóficas (metafísicas, lógicas e éticas);
Ø  Desenvolver as habilidades cognitivas (de investigação, raciocínio, formação de conceitos e tradução) e o pensar bem por meio do uso da literatura infantil e atividades lúdicas.

Conteúdo:

- Leitura, Escrita, Interpretação, Estudo e Produção de Textos;

- Filosofia: princípio do conhecimento como saber e norma de vida;

- O Ser, os Seres, o Homem e seu papel no universo;

- Valores, Ética, Moral;

- Genealogia;

- Identidade/EU;

- Realidade e Medo;

- Tempo e Memória; As Palavras;

- Felicidade;

- O amor;

- O Bem e o Mal;

- Boas maneiras e etiqueta.

Encaminhamentos/Atividades:

Todo o conteúdo será trabalhado no contexto de textos, canções, livros, poesias, filmes, imagens variadas, reprodução de obras de arte, CDs e DVDs.

Texto gerador: A Incrível Fuga Da Cebola – Sara Fanelli

Oficinas de arte: Painéis/Murais – colagens; pinturas com tinta guache, lápis de cor, canetinhas, giz de cera; carvão; origami; argila; gesso; bordado; entre outros;

Letra e Música;

Aulas dialogadas;

Jogos Teatrais;

Trabalhos em grupo e individuais;

Discussões/Debates;

Leitura de textos e livros (data show);

Leitura, Escrita e Produção de Texto;

Reprodução de obras de arte;

Roda compartilhada;

Recursos:

Os recursos estão intrinsecamente ligados ao conteúdo, dando-lhe sentido para melhor compreensão e interpretação da realidade. São eles:

Textos:

Histórias, textos, crônicas, poesias, poesias visuais, ilustrações, quadrinhos e desenhos animados selecionados dos sites:

www.rosangelatrajano.com.br/index.html

blogfilosofiaevida.com/index.php/category/filosofia-para-criancas/

filosofiacritica.wordpress.com/2012/02/18/filosofia-com-criancas-acaixa-da-vida/

Livros:

A incrível fuga da cebola – Sara Fanelli.

Brincando de filosofar – Rosângela Trajano.

Deus- Bia Bedran.

Nascemos Livres- Anistia Internacional.

Lilás- Mary E. Whitcomb.

A Descoberta- Jonas Ribeiro.

As tranças de Bintou- Sylviane A. Diouf.

O Violinista- Colin Thompson.

Quando as cores foram proibidas- Monika Feth e A. Boratynski.

A História das Cores- Subcomandante Marcos.

Liga-Desliga- Camila Franco, Jarbas Agnelli e Marcelo Pires.

A Moça Tecelã- Marina Colasanti.

O herói Dom Quixote- resumo e adaptação de Rosângela Trajano.

CDs:

Classical: Works of the great masters – Trilogy.

MPB: Coletâneas.

DVDs:

Trechos de filmes selecionados envolvendo temas trabalhados.

 Reproduções de obras de arte:

Seleção de artistas nacionais e internacionais envolvendo temas trabalhados.

Fotografias:

Variadas: envolvendo o conteúdo trabalhado.  

Imagens da Internet e Vídeos do Youtube (selecionados a partir do conteúdo), entre eles:
Guerra do arco-íris;
Coisas cor de rosa, não são exclusividade de meninas!;

O homem que plantava árvores.

Avaliação:

A avaliação - entendida como um processo multidimensional - será constante e contínua englobando vários fatores: acompanhamento e participação na sala de aula, produções realizadas em classe e extraclasse, bem como exercícios escritos, entendidos como um momento da avaliação; uma forma a mais de perceber o que foi apreendido.

 Trabalho de campo/Visitas:

Museu Afro Brasil;

Museu da Língua Portuguesa;

MIS – Museu da Imagem e do Som;

Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de  São Paulo;

Museu de Ciências da Universidade de São Paulo;

Estação Ciência.

Áreas de interesse: Multidisciplinar.

Duração: de março a novembro de 2013.

Público alvo: Alunos do Ensino Fundamental I.


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

                                           Maria Auxiliadora Espeschit

                                                                                                        São Paulo, Fevereiro de 2013.